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Abrunheiro-bravo  |  cagoiceiro-bravo

Prunus spinosa L.

Família: Rosaceae  ; Publicação: 1753

Sinónimos: P. domestica L. subsp. insititia (L.) Bonnier & Layens

Distribuição geográfica: quase toda a Europa, oeste da Ásia e noroeste da África. Em Portugal, no norte e centro, escasseando ao caminhar para sul.

Caducidade: caduca

Altura: até 6m

Longevidade: pode ultrapassar os 100 anos.

Porte: arbusto de ramificação tortuosa e abundante.
Ritidoma: torna-se mais fendilhado com a idade; raminhos pardo-grisáceos, frequentemente terminados por um espinho rígido (muito raramente inermes)
Folhas: obovadas a oblongo-lanceoladas com 2-4 x 0,5-2,5cm, crenulado-serrilhadas, glabrescentes ou pubescentes nas nervuras e pecíolo.
Estrutura reprodutiva: flores brancas, numerosas, surgindo antes das folhas ou ao mesmo tempo, geralmente laterais, solitárias ou em fascículos 2-3 floros, de ca. 2cm de diâmetro; fruto uma drupa globosa a oblonga, azul-negra, de até 2cm, muito pruinosa, ácida e adstringente; endocarpo subgloboso, liso ou algo rugoso.
Floração: março - abril
Maturação dos frutos: outubro

Habitat e ecologia: sebes, matos e orlas de bosques. Tanto vive em solos básicos como ácidos, preferindo-os frescos mas bem drenados. Espécie de semi-sombra ou sol, tolerando exposição marítima. Sofrem com geadas tardias. Regenera rapidamente após corte ou fogos. É uma fonte de alimento importante para abelhas e várias espécies de lagartas, incluindo a da borboleta Satyrium pruni. A densa ramagem proporciona um ótimo local para nidificação de pardais, tentilhões e rouxinóis, por exemplo.

Usos e costumes: planta potencialmente ornamental ou para sebes. A sua madeira foi, pela dureza,  utilizada para cabos de ferramentas e objectos torneados.

Informações adicionais: alguns autores admitem a existência de duas subespécies: P. spinosa subsp. spinosa – planta algo mais pubescente nos ramos, folhas e pedicelos floríferos, de fruots pequenos (até 15mm) e arredondados; P. spinosa subsp. insitioides (Ficalho & Cout.) Franco – planta glabrescente nos ramos, folhas e pedicelos floríferos, de frutos oblongos e maiores (até 20mm) e que apresenta preferência por solos básicos (sendo esta subespécie endémica do oeste de Portugal).

Modos de propagação: Por semente: semear assim que amadurecerem. Estratificar a frio de 2 a 3 meses ajudará no processo. Por vezes poderá demorar 18 meses a germinar. Quanto as plantas tiverem o tamanho para manusear, separe-as em vasos individuais e porteja-as durante o primeiro inverno, plantando-as nos locais desejados na primavera. Por estaca: estacas semi-lenhificadas com um nó em julho/Agosto. Também estacas verdes com um bom crescimento na primavera. Por alporquia, na primavera, e também por divisão de ramos da base no inverno.

Designação em inglês / espanhol: Blackthorn / Endrino

Estado de conservação:  NE | DD | LC | NT | VU | EN | CR | EW | EX

* NE (Não avaliada), DD (Informação insuficiente), LC (Não preocupante), NT (Quase ameaçada),VU (Vulnerável), EN (Em perigo), CR (Em perigo crítico), EW (Extinta na natureza), EX (Extinta)

Tendência populacional: decrescente | estável | crescente | desconhecida

Nota: Segundo a Lista Vermelha da IUCN. Estado de conservação a nível global. O seu estado e tendência em Portugal pode diferir.

PERIGO: Os frutos provavelmente contêm cianeto de hidrogénio. É o ingrediente que dá às amêndoas o seu sabor característico. A não ser que sejam muito amargos, não deverão constituir problema em pequenas quantidades. Em pequenas quantidades o cianeto de hidrogénio tem demonstrado ser benéfico para estimular a respiração e a digestão, sendo também bom para o tratamento do cancro. Contudo em excesso pode causar falência respiratória e morte.

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Rúben Boas

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Martin Olson

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zona mais adequada à plantação

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