Carvalho-de-Monchique | carvalho-da-Argélia
Quercus canariensis Willd
Família: Fagaceae ; Publicação: 1809
Q. salzmanniana (Webb) Coutinho, Q. lusitanica Lam. var. baetica Webb
Distribuição geográfica: existente pontualmente na Península Ibérica e é relativamente abundante no noroeste de África. Em Portugal encontra-se atualmente apenas na Serra de Monchique, daí o seu nome.
Caducidade: marcescente ou caduca
Altura: até 30m
Longevidade: chegam a atingir os 250 anos
Porte: árvore robusta com copa ampla, largamente ovóide com ramificação algo tortuosa.
Ritidoma: pardo-acinzentado com gretas pouco profundas horizontais e verticais.
Folhas: simples, alternas, coriáceas, de oblongo a obovadas, elípticas ou em forma de lança larga, com 5-20cm x 2,5-11cm, margem serrada/crenada; nervuras secundárias salientes paralelas e muito rectas; pêlos caducos nas folhas maduras, restando em flocos nas proximidades das nervuras. Cor verde escuro e pubescentes na face inferior.
Estrutura reprodutiva: flores geralmente com 6 lobos, agrupadas em amentos amarelo-esverdeados em posição terminal; frutos, bolotas solitárias ou em grupos de 2 ou 3 de pedúnculo curtíssimo.
Floração: abril, maio
Maturação dos frutos: outubro, novembro
Habitat e ecologia: sobreirais e carvalhais, em encostas abrigadas, húmidas e frescas, muitas vezes sobre ribeiras. Habita até aos 700m podendo mesmo chegar aos 1000m . Melhor em solos siliciosos. Prefere a sombra ou semi-sombra. Necessita de uma média de percipitação anual superior a 600 mm. Temperatura ideal no inverno entre 0 e 12ºC e no verão entre 20 e 24ºC. Tem um importante papel na proteção e criação do solo.
Usos e costumes: É uma árvore atualmente muito rara em Portugal. No entanto existem registos de uso da madeira para aduelas e para carvão e lenha. Forma bosques perfeitos para acampar.
Modos de propagação: Por semente: Deve apanhar-se as bolotas do chão ou da árvore, desde que não seja necessária muita força para as arrancar. É aconselhável usar as bolotas maiores e mais pesadas (as que flutuarem na água não estão em boas condições). As bolotas perdem rapidamente a sua viabilidade se deixá-las secar. Depois de enterradas deve-se protegê-las de ratos, javalis, etc. Podem ser armazenadas num local fresco e com humidade no interior. Também de pode plantar algumas sementes em vasos fundos. As plantas produzem uma raiz profunda, logo têm de ser mudadas para as suas posições finais o mais rápido possível. Na verdade as bolotas plantadas in situ produzirão as melhores árvores.
Informações adicionais: Produz extensivamente híbridos com Q. faginea, que se designam por Quercus x jahandiezii A. Camus.
Designação em inglês / espanhol: Algerian oak / Quejigo Andaluz
Estado de conservação: NE | DD | LC | NT | VU | EN | CR | EW | EX
* NE (Não avaliada), DD (Informação insuficiente), LC (Não preocupante), NT (Quase ameaçada), VU (Vulnerável), EN (Em perigo), CR (Em perigo crítico), EW (Extinta na natureza), EX (Extinta)
Tendência populacional: decrescente | estável | crescente | desconhecida
Nota: Segundo a Lista Vermelha da IUCN. Estado de conservação a nível global. O seu estado e tendência em Portugal pode diferir.
Rúben Boas
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autor não identificado
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zona mais adequada à plantação