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Pinheiro-bravo  |  pinheiro-das-landes

Pinus pinaster Aiton.

Família: Pinaceae  ; Publicação: 1789

Distribuição geográfica: norte da região mediterrânica, zonas atlânticas do sul de França, Espanha e Portugal. No nosso país a sua área primitiva de distribuição litoral alarga-se às serras lusitanas sobretudo graças à iniciativa privada (em particular a partir do início do séc. XIX, com a privatização das propriedades das ordens religiosas e com a desamortização dos baldios) e à acção reflorestadora dos serviços florestais a partir de 1886, das quais ainda hoje se colhem os proveitos. Primitivamente esta espécie estendia-se pelo interior de Portugal (Pinus pinaster subsp. escarena), porém as populações indígenas acabaram por se extinguir, pelo efeito conjugado do fogo e da poluição genética, consequência das arborizações massivas com plantas litorais de Pinus pinaster subsp. atlantica.

Caducidade: persistente

Altura: até 40m, normalmente entre 20 e 25m

Longevidade: não sobrevive muito além dos 200 anos

Porte: árvore de copa piramidal regular na juventude; em adulta é mais variável, mais redonda e reduzida ao último terço da altura.
Ritidoma: espesso e castanho-avermelhado; ramos verticilados.
Folhas: aciculares de 10-25 x 0,1-0,2cm, agrupadas em pares de cor verde-intenso, rígidas e mucronadas.
Estrutura reprodutiva: pinha de 8-22 x 5-8cm, aproximadamente simétrica na base, com apófises romboidais, carenadas e com umbigo proeminente; semente alada (penisco) de 7-8mm com asa até 30mm. Cor castanho-brilhante em árvores adultas, indeiscentes durante alguns anos.
Floração: março, abril, maio
Maturação dos frutos: as pinhas amadurecem no final do verão seguinte e a queda do pinhão dá-se na primavera ou verão do terceiro ano.

Habitat e ecologia: embora prefira solos pobres em carbonato de cálcio, de preferência soltos e arenosos, foi cultivada praticamente em todas as condições ambientais do país ainda que por vezes sem sucesso. Habita normalmente entre os 0 e os 1500m podendo chegar aos 1700m. Espécie de luz. Necessita de uma percipitação média anual superior a 300mm, e no verão, superior a 75mm. Temperaturas desejáveis no inverno entre 0 e 12ºC e no verão entre 15 e 26ºC. Tolera exposição marítima, contudo as árvores jovens são frequentemente dobradas per ventos fortes, causando deformações permanentes. Tem um crescimento rápido. As secreções das folhas inibem a germinação de sementes, reduzindo a quantidade de plantas que crescem debaixo da árvore.

Usos e costumes: importantíssima protagonista da silvicultura portuguesa. Os serviços florestais preconizavam a posterior substituição destes pinheiros “pioneiros” por folhosas nobres como Quercus sp. pl.. Dos pinheiros ibéricos é o de crescimento mais rápido. O seu aproveitamento é principalmente resineiro e madeireiro. A terebentina, obtida da resina utiliza-se para fins medicinais (emplastros, antisépticos, balsâmicos).

Modos de propagação:  Por semente: O melhor é colocar a semente, apanhada do chão, no local definitivo, enterrando-a um pouco. No entanto, fazer estratificação durante 6 semanas a 4°C pode ajudar na germinação de sementes que estejam armazenadas. As plantas têm um sistema radicular fraco e desenvolver-se-ão melhor quanto mais cedo forem colocadas no seu local definitivo. Devem ser plantadas nas suas posições finais, até 90 cm, mas quanto mais pequenas melhor. Para um óptimo desenvolvimento deverá colocar-se uma camada de matéria que iniba o crescimento de outras plantas em seu redor (casca de pinheiro, folhas de pinheiro secas). Árvores que sejam mudadas de maior dimensão poderão ter problemas de crescimento por vários anos, afectando as suas raízes e a resistência ao vento. Dependendo do local, deve proteger-se as pequenas árvores do frio. Por estaca: este método só resulta a partir de árvores jovens (até 10 anos). Deve usar-se ramos com apenas um fascículo de folhas, desde a sua base. Contudo, o crescimento a partir deste método revela-se lento.

Informações adicionais: embora com pouco consenso, presume-se a existência de duas subespécies na Península Ibérica, sendo a subsp. atlantica E.H. del Villar a que ocorre em Portugal, e a subsp. escarena (Risso) K. Richter (=subsp. hemiltonii (Ten.) E.H. del Villar, = P. Mesogeensis Fieschi & Grussen) das áreas peninsulares mais continentais ou orientais.

Designação inglês / espanhol: Maritime pine / Pino resinero

Estado de conservação:  NE | DD | LC | NT | VU | EN | CR | EW | EX

* NE (Não avaliada), DD (Informação insuficiente), LC (Não preocupante), NT (Quase ameaçada),VU (Vulnerável), EN (Em perigo), CR (Em perigo crítico), EW (Extinta na natureza), EX (Extinta)

Tendência populacional: decrescente | estável | crescente | desconhecida

Nota: Segundo a Lista Vermelha da IUCN. Estado de conservação a nível global. O seu estado e tendência em Portugal pode diferir.

PERIGO: A madeira, serrim e resina de várias espécies de pinheiro podem causar dermatite em pessoas sensíveis.

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Rúben Boas

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zona mais adequada à plantação

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