Salsaparrilha-do-reino | alegra-cão
Smilax aspera L.
Família: Smilacaceae ; Publicação: 1753
Sinónimos: S. mauritanica Poir.
Distribuição geográfica: sul da Europa, oeste da Ásia até à Índia, norte e zonas tropicais da África e Macaronésia (excepto Cabo Verde). Em Portugal está ausente do interior norte e centro.
Caducidade: persistente
Altura: caule de até 10m
Porte: liana de base lenhosa, por vezes reduzida a um pequeno arbusto
Ritidoma: caule estriado, irregularmente ramificado, glabro, geralmente dotado de espinhos rectos ou curvos.
Folhas: grandes, geralmente cordiformes, por vezes lanceoladas, sagitadas ou reniformes, agudas, glabras, coriáceas, ocasionalmente manchadas de branco, espinhosas na margem e sobre asnervuras; estípulas transformadas em gavinhas, não ramificadas, muito enroladas, podendo faltar em algumas formas.
Estrutura reprodutiva: flores agrupadas em glomérulos axilares de inserção alterna ou ainda terminais, com numerosas bractéolas suborbiculares, escariosas, escuras; em cada glomérulo 3-9 flores femininas ou 6-25 flores masculinas (planta dióica); tépalas branco creme, obtusas, glabras; estames livres, lineares, com as anteras esbranquiçadas; ovário, trilocular, com 1 ou 2 rudimentos seminais em cada lóculo; fruto, baga globosa ou subglobosa, vermelha-escura antes da maturação, quase negra nesta; sementes lisas ou ligeiramente rugosas, brilhantes, avermelhadas.
Floração: agosto - novembro
Maturação dos frutos: fevereiro-abril
Habitat e ecologia: azinhais, sobreirais, carvalhais, bosques ripícolas, pinhais e diversos tipos de matagais. Prospera na maior parte dos solos, quer em locais sombrios ou solarengos, requerendo alguma humidade. Tolera temperaturas até -10°C.
Usos e costumes: usada tradicionalmente como medicinal, outrora usada no tratamento da sífilis, hoje pela medicina homeopática na cura de problemas dérmicos.
Modos de propagação: Por semente: semear directamente no solo. Visto ser uma espécie de climas tropicais e subtropicais não deverá ser necessário um período de estratificação a frio. Pode crescê-las em vasos, e ao fim de um ou dois anos plantá-las no local definitivo, no fim da primavera. Por divisão: no fim do inverno, assim que comece a nova fase de crescimento. Divisões grandes podem ser colocadas directamente nos sítios permanentes, sendo melhor manter as divisões mais pequenas em potes, em semi-sombra e plantá-las, quando estiverem bem estabelecidas. Por estaca: estacas semi-maduras, na primavera.
Estado de conservação: NE | DD | LC | NT | VU | EN | CR | EW | EX
* NE (Não avaliada), DD (Informação insuficiente), LC (Não preocupante), NT (Quase ameaçada),VU (Vulnerável), EN (Em perigo), CR (Em perigo crítico), EW (Extinta na natureza), EX (Extinta)
Tendência populacional: decrescente | estável | crescente | desconhecida
Nota: Segundo a Lista Vermelha da IUCN. Estado de conservação a nível global. O seu estado e tendência em Portugal pode diferir.
Designação em inglês / espanhol: Sarsaparilla / Zarzaparilla
Rúben Boas
Rúben Boas
Rúben Boas
zona mais adequada à plantação